terça-feira, 7 de outubro de 2014

A Música e Dança Indígena


   A música e Dança estão essencialmente ligados a arte Indígena. Presente não somente em Rituais Religiosos, mas especialmente a musicalidade funciona como uma poderosa linguagem universal entre esse povo. Tendo um grande contato com a natureza, os índios são impregnados pelos seus mistérios, onde paira os misticismo. Dançam para celebrar atos, para a preparação da guerra, para celebrar um cacique, para assinalar a puberdade um adolescente, homenagear mortos, espantar doenças. 

  
    Dependendo da tribo, as danças podem ser realizadas por um único individuo ou em grupos. As mulheres não participam de danças sagradas, executadas pelos pajés ou grupos de  homens. São utilizados, ainda, símbolos mágicos, totens, amuletos, imagens e diversos instrumentos musicais e guerreiros em danças religiosas, dependendo do objetivo da cerimônia. Há um grande importância com a estética no momento da dança, muitos usam mascaras e se pintam, transmitindo assim o mistério e o disfarce. Ocorrendo também uma organização coreográfica. 

Alguns exemplos:

- A dança Toré: Muito presente em várias tribos brasileiras. Na marcação do Ritmo dessa dança, se faz presente o maracá-chocalho indígena feito de uma cabaça seca, sem miolo, na qual se colocam pedras ou sementes – marca o tom das pisadas e os índios dançam, em geral, ao ar livre e em círculos.

 - A dança Atiaru: É executada para afugentar maus espíritos e chamar os bons. Dois índios, com cocares de penas, chocalhos nos tornozelos e em uma das mãos a flauta yapurutu, com mais de um metro e meio de comprimento dançam, com um deles apoiando a mão no ombro do companheiro, executando rápidos passos de marcha para a direita e para a esquerda, marcados pelo som do chocalho. Dois outros índios, também tocando a yapurutu sentam-se ao lado da maloca, enquanto os dois primeiros, após dançarem demoradamente entram no seu interior. Eles saem, cada um, acompanhado por uma índia, que coloca uma das mãos no ombro do parceiro  e procura acompanhar seus passos. Os dançarinos fazem a mesma coisa em cada uma das malocas e a dança continua num crescente até acabar de repente.




  BEATRIZ FONSECA 

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